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textos sobre letícia

→ Arqueologia do cotidiano: objetos de uso, de André Parente e Katia Maciel

→ Alô, é a Letícia? de André Parente

→ A medida da casa é o corpo, de Katia Maciel

→ A videoarte de Letícia Parente, de Rogério Luz

→ A terceira via. Entrevista de Fernando Cochiaralle

→ Um mundo aparente, de Jorge La Ferla

→ Eu mundo de mim, de Clarissa Diniz

→ Persistência da consciência: marcas da identidade, de Cristina Tejo

→ Letícia Parente: a videoarte e a mobilização do corpo, de Claudio Costa

→ Retrato de Letícia Parente

 (caderno de Fernando Cocchiaralle - PDF, 1,5MB)

→ Medidas, por dentro e por forade Roberto Pontual (PDF, 56KB)

Arqueologia do cotidiano: objetos de uso

André Parente e Katia Maciel

Cabide, tábua de passar, balaio, armário, seringa, linha e agulha, caderno de vacinação, cartões perfurados, carimbo são alguns dos objetos de uso de Letícia Parente. Professora e química, pesquisadora e artista, Letícia decompõe e recompõe seu cotidiano em um laboratório inaugural na arte brasileira.

Letícia viveu em Salvador, Fortaleza e Rio de Janeiro e construiu, a partir daí, um mapa particular que mistura várias sensações de Brasil.

A artista gerou um repertório experimental único ao transitar entre a pintura e a gravura, a fotografia e o audiovisual, o vídeo e a instalação, a arte cinética e os mais inusitados objetos, com acuidade científica. Longe das determinações da forma e da racionalidade da ciência, Letícia busca os limites dos processos da arte: um exemplo está na tentativa do envio de si mesma, pelo correio, para a 16a Bienal de São Paulo, ato de radicalização da arte postal daquele momento.

A curadoria se baseou na pesquisa dos arquivos de obras, textos e escritos de Letícia Parente, projetando para a exposição itinerante uma visão retrospectiva de seus trabalhos, que se estende por cada uma das três cidades em que ela viveu.

No Oi Futuro do Rio de Janeiro, a exposição reúne o conjunto dos vídeos da artista baiana e ainda o audiovisual Armário de mim. Nela, a casa e o corpo são os dois principais eixos de investigação com os quais Letícia opera para indicar uma arqueologia do cotidiano, e a situação cultural, política e social de um Brasil costurado na planta do pé.

No Museu de Arte Moderna de Salvador, além do conjunto de vídeos instalados no casarão do Solar do Unhão, escolhemos mostrar, na capela, a instalação De aflicti, em montagem inédita: a projeção ocupa o altar, enquanto as fotografias que compõem o vídeo são apresentadas nos arcos laterais.

No Museu de Arte Contemporânea de Fortaleza, reunimos as obras a partir de um corte transversal baseado nas séries território, casa, mulheres e corpo, inventariadas pela artista, que misturam audiovisual, arte xerox e postal, objetos e instalações.

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